Segundo dia de Bratislava

Hoje acordamos com uma missão: comprar um carrinho de bebê.

Ontem fomos dormir relativamente cedo, hoje acordei cedo é claro. 6:00h da matina eu estava de pé.

Verifiquei a febre do Dudu e ela estava lá. Dudu não anda comendo muito bem, eu acho que é por causa do remédio, buprofen, que é bom para febre e para infecções mas ataca o estômago. Hoje decidi mudar o remédio e dar paracetamol já que a garganta dele não está mais infeccionada e só temos que controlar a febre.

Pois bem, sai as 7:00h, frio congelante, fog e garoa e fui buscar o remédio, tem uma farmácia aqui perto. Na volta aproveitei para comprar um panini, um suco e um leite com chocolate para o café da manhã.

Passei em uma barraquinha  e comprei as coisas, a mulher que me atendeu não falava bulhufas de inglês e eu nadica de eslovaco. 

Quando ela me entregou as coisas e me disse: jughskifhehshi judidjdhidj, eu entreguei 10 euros na mão dela, ela então disse: babbdisowo bbsnao jjsosyg, olhei para o cara do meu lado e ele me disse: twelve euros. Sempre aparece alguém para ajudar nas viagens, isto é muito legal. Paguei e voltei para o quarto do hostel.

Dei o remédio para o Dudu e fui tomar um banho. Dudu continuou a dormir, Célia acabava de acordar.

Ainda ficamos um bom tempo fazendo nada, descansando, pois Dudu dormia profundamente e preferimos deixar o bichinho repor suas energias.

Na noite anterior fiquei procurando por um carrinho de bebê e nas lojas eles custam por volta de 300 euros, tem até de 1500 euros, loucura!

Procurei um site tipo mercado livre do Brasil, schpock do Reino Unido, gumtree ou coisa parecida. E o trabalho para ficar achando como se escreve as palavras em eslovaco, traduzir para inglês, portugues, voltar a pesquisar em eslovaco, enfim, foi um tempão mas achei, o site é o bazos.sk.

Acordamos o Dudu eram 11:30h. Ele comeu um pouco  mas não tomou o leitinho com chocolate pois não era leitinho com chocolate, era café latte, comprei errado. E lá fomos nós em busca do carrinho. Vi no site bazos um de 35 euros, usado é claro mas top. A loja ainda era uma incógnita, dizia que tinha vários carrinhos de vários tamanho, móveis, eletrodomésticos, eletronicos e até motocicletas. Tínhamos que arriscar, se eu tivesse que carregar o Dudu Mais uma vez nas costas nossa viagem terminaria no hospital.

Pegamos o busão e lá fomos nós.

Em 19 minutos descemos e andamos uns 150 metros.

Chegamos na frente do prédio e não havia loja nenhuma. Era uma galeria, era ali mesmo que dizia o anúncio. Entramos e era um prédio velho, de repente apareceu o zelador. Nadica de inglês e eu bulhufas de eslovaco. O que me pareceu que ele só entendia o "yes", eu, nem isso de eslovaco.

Enfim, mostrei a ele o anúncio do carrinho no celular e ele me disse: hidbeheosk hagahusi hhdi uso Jô baguari hdidid jk. Eu não entendi nada. Então ele me disse através de gestos: me siga!

E atravessamos um corredor, daqueles de pastilhas nas paredes, velho e sujo, chegamos a uma porta de vidro, trancada, ele abriu e continuou me dizendo em gestos: me siga! Eu, Célia e Dudu obedecendo.

Célia dizia: olha onde fomos nós enfiar!

Saímos no quintal do prédio.

Aí ele me disse: hhdjdi jdjd isidod kdkdj

Eu respondi: that door?

Ele me disse novamente em gestos: me siga!

Foi então que ele me mostrou uma porta de ferro com uma folha sulfite escrito: second hand bazar Otvorené.

Agradeci e entramos.

Sabe quando se chega no paraíso? Foi assim que me senti.

Era ali mesmo. A moça que estava lá também não falava eslovaco, ela era do Nepal e nos comunicamos em inglês.

Vimos alguns carrinhos e escolhemos um deles. Aí tínhamos que testá-lo, coloquei o Dudu nele e beleza, tamanho ok. Perguntei se estava funcionando direitinho e ela disse que sim. Eu ainda precisava fechar o carrinho para ver o tamanho dele fechado. E quem disse que alguém sabia como fechá-lo?

Eu fico imaginando se não existisse a internet, bom, nos nem estaríamos ali não é mesmo?

Consultamos Deus Google que nos indicou o apóstolo YouTube e ele nos mostrou como fechar o carrinho. Parece simples mas antes de falar com Deus ficamos quase 15 minutos tentando achar um botão, alavanca, dispositivo ou qualquer outra coisa que fizesse o carrinho fechar.

Deu raiva quando o apóstolo YouTube nos mostrou, super simples. No assento do carrinho tem uma faixa que se puxa e ele se fecha, como em um passe de mágica.

Felicíssimos, pagamos 35 euros e saímos do galpão.

Mereceu uma foto.

Rolou até selfie.

Todos satisfeitos, eu e Celia por não ter mais que carregar o Dudu nas costas e Dudu feliz da vida, de carango novo e não vai mais precisar andar tanto, além de poder dormir quando quiser sem atrapalhar os roteiros.

Pegamos o busão, fomos até no ponto mais longe só para andar de carro novo, macio, leve, um espetáculo!

Partimos para o monumento à guerra, que fica no alto de uma colina. Chegamos no ponto final e tivemos que andar 700m. Quem liga de andar 700m de carro novo não é mesmo? Poderiam ser 1200 e ainda estaria tudo bem.

No caminho uma linda vista do castelo de Bratislava.

Chegamos no monumento e Dudu logo quis brincar com a neve que já estava ali há uns dias.

O monumento é bem bonito.

Ficamos ali uns 20 minutos e partimos para o Castelo, nesta época escurece cedo e não tínhamos tempo a perder.

Antes desfrutamos da vista e tiramos algumas fotos.

Estou escrevendo o post do dia e já são 01:20h do dia seguinte, vou resumir pois preciso dormir.

Chegamos no castelo é a luz do entardecer estava linda.

A vista da cidade é do rio Danúbio também foi espetacular.

Ali ao lado do castelo um belo restaurante. Decidimos almoçar.

Uma garrafa de vinho eslovaco e muito bom nos acompanhou.

Pedimos uma entrada de queijo de cabra, cogumelos e sei lá mais o que, estava bom e bonito, porém, não teve fotos, kkkkk.

Célia pediu um gnocchi eslovaco, bem típico e eu fui de steak. As duas comidas boas e bonitas.

Depois do bicho cheio tiramos algumas fotos da vista da cidade é do castelo à noite.

Fomos dar umas voltas nos jardins do castelo é Dudu pode brincar um pouco em um parquinho que tinha ali.

Saímos do castelo é fomos para o centro histórico em busca das estátuas de Bratislava, das ruelas, dos prédios históricos e conhecer o que faltava.

As estátuas de Bratislava são muito legais.

Faltou duas que estão em um shopping mas era meio longe e outra que foi retirada da rua e levada para o restaurante UFO, que fica no topo das colunas de uma ponte estaiada. O restaurante recebeu este nome pois ele é redondo, remetendo a um UFO.

Está é a do soldado que dizem que é um soldado de Napoleão, pelo uniforme, e foi assim que Napoleão perdeu a guerra.

Está outra é de um senhor que apesar de ser deficiente mental se vestia com roupas velhas porém muito elegantes e cumprimentava as pessoas com sua cartola. Entrou para a história da cidade.

Uma das mais legais é esta que se chama "men at work", ou Cumil.

Tem a do soldado desconhecido tambem.

O poeta mais importante da Eslováquia, Hviezdoslav.

O Sr. Hans Christian Andersen, escritor de contos como "O patinho feio".

E por fim, a das meninas na caixa de correio. Esta caixa de correio ainda é usada normalmente na cidade.

Ainda rolou fotinho do lindo teatro.

De um prédio lindíssimo onde fica o hotel Carlton, algumas lojas e restaurantes.

Do palácio do arcebispo.

De uma praça grande que eu não sei o nome.

E fomos para o hostel. Passamos em um mini mercadinho e compramos uma garrafa de vinho e um salame fatiado para degustar no hostel.

Dudu desmaiado já há algum tempo, e o melhor de tudo, não teve mais febre até o momento.

Aqui no hostel tem três relógios de parede, um com a hora de Budapest, outro com a de Vienna e outro com a de Bratislava, nenhum deles estava certo, rsrs. Sem falar que não existe diferença de horário entre estes três países.

E assim finalizamos a segunda fase da trip.

Amanhã iniciaremos a terceira fase, Vienna.

Borajunto?